Como fomos no verão, a água estava bem quentinha e era bem agradável ficar lá dentro, relaxando. O legal é que o nosso inconsciente não entende muito que não é necessário mexer os braços para não afundar, e você continua, sem necessidade. Quando você resolve parar de mexer os braços, vê que consegue boiar até de pé! Muito bacana!

O nosso guia, o Robinson, nos explicou um pouco sobre a geografia desse lugar tão maravilhoso. A explicação da quantidade de sal por aqui é simples: antes de haver as Cordilheiras, aqui era mar! Daí, as Cordilheiras surgiram e fizeram com que o sal ficasse concentrado nessa região, pois não existe maneira dele sair daqui.

De tão salgado, a densidade do nosso corpo é menor que a da lagoa, e por isso boiamos. Só aviso uma coisa: não tentem mergulhar ou molhar o olho. Além de arder muito, pode prejudicar sua vista.
Saímos da água e quando comecei a me secar, percebi que estava toda branca de sal! A sensação é bastante incômoda…ainda bem que o ônibus parou em um banheiro e eu consegui tirar um pouco do sal na torneira da pia! kkkkk (Até havia um galãozinho com água doce com o guia, mas era o suficiente apenas para lavar as mãos e o rosto).

De lá, fomos ao que eles chamam de Ojos del Salar, que são dois buracos redondos no meio do Salar do Atacama. Essa água já não é tão salgada, então não dá pra boiar. Aqui precisa saber nadar, além de gostar de água fria, pois aqui não passava dos 16 graus.

Ah! Um agravante: por ser um buraco, as pessoas costumam se jogar…..então precisa de um pouco de coragem também. O Fábio foi um dos primeiros e eu estava certa que não iria entrar, pois detesto água fria. O problema é a combinação de sal+roupa não é muito agradável, então eu decidi que iria entrar para tirar o sal. O problema é que a água é muito gelada e não dá coragem de entrar aos poucos….então lá fui eu me jogar do penhasco! E a água é congelante! Eu só pulei e já fui até as bordas para sair de lá!rs

Depois da adrenalina de pular em um buraco com água, fomos para o teto do caminhão em direção à Tebinquiche. É lá que todas as agências fazem um pit-stop para ver o por do sol e tomar um pisco. Chegamos encima do caminhão, enquanto todas as outras agências vão de van comum…e foi justamente nessa hora que eu percebi que tinha feito a escolha certa. O ônibus é muito bacana!

Tiramos muitas fotos no salar e fomos fazer um brinde com pisco. Conversamos, fizemos amizades e ficamos lá até às 22h (todas as outras agências já tinham ido embora). Era o último por do sol do ano, e foi comemorado de uma maneira mais do que especial.

Preço: 15.000 pesos por pessoa.
Não inclui o valor de entrada do parque (2.000 para adultos, 1500 para estudantes e 500 para crianças menores de 12 e idosos 1.000).
Horário: O passeio começa às 14h e acaba por volta das 21h. No nosso caso, chegamos no hostel às 23h, pois o pessoal da Grado 10 é mais do que bacana!
Inclui cocktail com pisco, salgadinhos, amendoim, azeitonas e queijos.

 

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