Ano que vem a África do Sul vai comemorar 20 anos do fim do apartheid, data que deve ser mais do que comemorada. E para tentar entender um pouco mais sobre esse momento vergonhoso da história do país, que eu fui até o Museu do Apartheid.
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Criado em 2001, o museu foi criado por investidores de um cassino bem próximo ao local, o Gold Reef City. A construção de algum complexo que incentivasse o turismo foi exigência do governo para a liberação do espaço para o cassino. No fim das contas, todos ganharam.
E eu devo dizer que esse museu deveria ser visitado por todos que estiverem em Joanesburgo. Para entrar no espaço, alguns visitantes recebem um tíquete com a classificação racial “brancos” e outros “não-brancos”. E para aumentar ainda mais a sensação ruim, “brancos” e “não-brancos” possuem entradas distintas no museu. O meu tíquete saiu “não-branco” e eu fiquei imaginando como teria sido viver naquele período.
A organização das obras foram muito bem pensadas e, se você quiser, é possível ficar o dia todo aqui. São muitos os materiais e por isso, o ideal é vir aqui sem pressa: há diversos vídeos da época, fotografias e muitos textos espalhados pelas paredes explicando cada parte da história.
A exposição segue uma ordem cronológica com diversos materiais de apoio. É possível ver que desde o início do apartheid a política segregacionista era cruel. Existe uma boa parte de informações sobre quando os primeiros negros foram realocados para bairros distantes dos grandes centros – chamados de townships (veja como foi nossa visita ao Soweto e também a uma township em Durban) – pois eram proibidos de morar nas cidades.
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Apenas 13% das terras do país poderiam pertencer aos negros, que por sinal eram 80% da população. Negros não podiam votar e deveriam usar o transporte público específico para os não-negros. O casamento interracial era proibido e integrantes de famílias de mestiços – chamados de colored – poderiam ser classificadas de raças diferentes. Imagina o problema?
Com o crescimento da ANC (African National Congress), os negros começaram a se mobilizar e lutar para uma mudança nas legislações. E foi aí que o seu mais célebre integrante começou a tomar força: o sr. Nelson Mandela. Por conta de sua participação na luta contra o apartheid e por ter encabeçado alguns protestos espalhados pelo país, Mandela e outros integrantes da ANC foram presos. No caso de Mandela, a prisão foi por 27 anos. Imagina?
E quem diria que depois de solto, ele seria o primeiro presidente negro da história do país? E tudo isso está bem documentado no museu. E o mais bacana é ver a diferença de cores durante o passeio. No início, tudo era cinza, até chegar na liberação de Mandela e as cores começam a brotar das paredes. Foi uma ótima sacada!
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Informações
- Endereço: Gold Reef Rd & Northern Parkway (o ideal é pegar um táxi até aqui)
- Site: www.apartheidmuseum.org
- Tel: 011-309 4700
- Preço: 30 randis (cerca de 7 reais)
- Horário: 10am-5pm de terça a domingo.
*O Viagem pelo Mundo viajou a convite do Turismo da África do Sul e da South African Airways
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